VECTOR | SIM OU NÃO: HOJE VEIO ATÉ VÓS O NOSSO INAPEM


SIM OU NÃO?

É nossa percepção que muita da nossa governação provincial só conduz a sua actividade muito só dentro dos parâmetros de que  “o senhor ministro dixit” e com o este não pode nem deve ver tudo, e as vezes até pode não conhecer nada sobre o assunto,  então arrepia ver que muita coisa se pode fazer e as vezes até sem grandes custos, e fica-se a espera do que vem de Luanda, o que cria arrepios de coluna e para não ver a nossa carapinha dura a ficar branquinha como algodão que tanto precisamos de produzir, com noutra épocas.

Atirar o ónus desta situação só para as governações provinciais não será erro crasso pois talvez a que  nalguns casos também o magíster dixit, como dizia Lúcio Lara, quando o poder local tinha a subida honra de receber uma delegação ministerial , possa haver ali  algum  absolutismo nos seus conceitos e não deixe campo de manobra a quem “tem as botas no terreno”?

Entre estas dúvidas, e que se calhar também se pode passar dentro das próprias estruturas provinciais com as administrações municipais, embora se saiba qual o pano de fundo da questão, veio ao  de cima que o governo provincial do Huambo, mérito de uma mulher, implantou a partir de agora o sistema de manutenção permanente das suas estradas e  mobilizando a delegação do Instituto local, dito INEA, órgão este tutelado centralmente.

Não será este um bom exemplo, que se pode repercutir em todo o país, neste domínio e se calhar em muitos outros ? Sim ou Não    

UM MURRO EM CIMA DA MESA

Há uma preocupação nacional para que com as medidas tomadas pelo Executivo, sobre a concessão de vistos de curta duração e agora também a serem imitadas por outros países, possam impactar na nossa economia como é o seu verdadeiro objectivo, pois recursos não nos faltam para sermos um player importante neste domínio.

Não é negligenciável que os países africanos que lideram este mercado não têm e felizmente para eles, os problemas  que nós temos com as nossas estradas, pois os recursos na maioria dos casos não estão nas cidades ou junto delas, mas no interior e como tal, o impacto que queremos tirar de tão importante decisão não se desenvolverão como desejado e sejam sim meramente residuais.

Será que não há estradas de facto? Não é verdade, pois o Executivo gastou biliões e biliões com os seus programas, mas sim, o que falta é manutenção permanente como fazem  aqueles países, estamos a falar do nosso continente, África  das mil e uma maravilhas e países que têm estradas nacionais  que garantem circulação tranquila, seja sem medos e sobretudo a noite.

Nelas os riscos de acidentes são uma constante e que depois alguns sectores lançam culpa única aos automobilistas, as vezes com argumentos de ser por excesso de velocidade ou embriaguez quando nesses sítios não se pode nem sequer conduzir como que “a zero quilómetros a hora”.

Perdemos centenas de vidas e famílias enlutadas e até endividadas pois foram obrigadas a gastar o que não tinham, todos os anos ficamos com mais alguns milhares de cidadãos estropiados, o que é muito grave, para além de perda de viaturas muitas delas novas, carrinhas e camiões que também podemos dizer como que estropiados, os pneus não duram, gastam milhões em peças , afinal tudo é de importação, com perda de divisas e de muitas de produção rodoviária, a noite andamos quase que com o terço na mão.

A razão disso e têm algum fundamento, é que faltam recursos financeiros. Ora a classe que mais sofre com isso, a nossa herica camionagem´, quer contribuir como hoje todos nós fazemos na ponte do Kwanza e estranhamente a bela estrada que vai dali à Cabo Ledo, está numa degradação a olhos vistos, mas parece que se espera ou será que ela terá de ficar como estão os 40 quilômetros depois da Canjala para uma reconstrução total para que se intervenha?

Ora tal tem de merecer, tudo isso, um serviço de  manutenção permanente, não interessa se elas foram da melhor qualidade ou se maculadas de insuficiências e isso a fazer-se com pequenas brigadas privadas com meia dúzia de equipamentos a preço da China e que em boa parte do seu custo todos nós podemos contribuir pois não nos falta racionalidade para o entender e sobretudo quando as nossas vidas e de nossos familiares estão em jogo e com isso não podemos brincar.

Ora por sabermos que há muita preocupação no sector por essa situação e até lá em cima e porque os recursos financeiros são escassos, tudo pode começar pela nossa resiliente classe de transportadores de carga, ligeiros e pesados  como queremos pagar mais um pouco ali portagem do Kwanza, como começo de uma nova politicam  para podermos circular também com nossas famílias, fazer por exemplo Luanda - Benguela em seis horas tranquilas então aqui vai mais “Um murro em cima da Mesa”

 

Associação Industrial de Angola

Fev. 29 2024


VECTOR DE 29 DE FEVEREIRO DE 2024
PDF – 72.0 KB 11 transferências

Classificação: 0 estrelas
0 votos

Adicionar comentário

Comentários

Ainda não há comentários.